sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Utopia lexical


Procuro a palavra que não tenho.

Necessito inventá-la então.

Uma que seja curta,três sílabas no máximo.

Mas que comece com "F" ou "D"...

E que expresse com toda força telúrica existente,

o prato de mim que não sei degustar.

Meus modos quixotescos são meus acossadores...

Como termo delirante,

que converta a alma em suspiro inquieto.

Com perfeição sintática e inovação semântica,

que inocule o que não sei

e traduza o que não posso...

Então,

que tal palavra soe bela aos ouvidos

mas antes saia esmagada da boca,

que denote com clareza solar o ilustre fato que

diz:

"não faço poemas,só escrevo sentimentos."

2 comentários:

Nine disse...

essa palavra, permanece dentro da gente a vida inteira,
morando na ponta da língua amortecida,
inquieta, e morna,
sem nunca ser dita...
achei lindo esse texto!!!
parabéns amiga...
ora por mim!!!
obg...

Quel Moraes disse...

Descrever sentimentos é tarefa difícil...
Seu texto tah incrível!!
Hum... tava me lembrando da mostra cultural do Ideal...o menino q foi atropelado pelo cachorro... kkkkk
Saudades!!
Beijo!

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